terça-feira, 24 de novembro de 2009

Os Pré Socráticos[1]

Daniele Kovalski[2]


Os dois primeiros períodos da filosofia antiga tomam como referencia o filósofo ateniense Sócrates, dividindo-se em pré-socrático e socrático. Neste estudo, abordaremos o período pré-socrático, também chamado cosmológico (que se inicia em fins do século VII A.C, estendendo-se ate fins do século V A.C), apresentando suas principais características e filósofos.
Nesse período, a principal preocupação dos primeiros filósofos girava em torno das questões sobre a origem, ordem e transformação do universo. Nessa perspectiva, afirmavam não existir uma criação de mundo,ou seja, que do nada ele tenha surgido, conferindo-lhe um status de eternidade, pois no mundo ou na natureza, tudo se transforma em outra coisa, jamais desaparecendo.
A eternidade e imortalidade do que nasce e do que volta é invisível aos olhos do corpo, sendo acessível somente ao pensamento. Esse fundo perene, é um elemento chave da Natureza e denomina-se physis, que em grego significa surgir, brotar; a physis dá origem a todos os seres, que são mortais, ao contrário dela própria, que é imortal. Todos os seres são gerados e mortais, porém estão em contínua transformação, como por exemplo, o seco que fica úmido, a semente que vira arvore, a criança que cresce e vira adulta, etc.
Essas transformações denotam um contínuo movimento de mundo, que se chama devir. O devir segue a regras rígidas, determinadas pela physis e conhecido pelo pensamento, e mostra que toda mudança é uma passagem, não caótica, ao seu contrário, como por exemplo dia-noite, claro-escuro, frio-quente, etc.
Os diversos filósofos do período pré-socrático escolheram distintas physis como princípio da Natureza: para Tales a água era o elemento primordial; para Anaxímenes era o ar ou frio; Heráclito enxergava no fogo, o princípio eterno e imutável que está na natureza.
A seguir, listaremos os principais filósofos pré socráticos e suas principais escolas:
Filósofos da Escola Jônica: São filósofos vindos da Jônia, uma região da costa sudoeste da Anatólia, hoje na Turquia. Ficava entre Mileto e Fócia, e era banhada pelo mar Egeu (e não pelo mar Jônico, como se pode pensar). Doze cidades se diziam jônicas: Esmirna, Quios, Mileto, Éfeso, Colofon, Mionte, Priente, Lebedos, Teos, Clazomenes, Éritras e Fócia. Os principais filosófos foram Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
Filósofos da Escola Itálica: Também chamada escola pitagórica, é escola dos filósofos vindos de Crótona, ilha no sul da Itália. Os principais nomes são Pitágoras e Filolau de Crotona
Filósofos da Escola Eleata: escola filosófica cujos pensadores provêem de Eléia, ilha ao sul da Itália. Destacam-se Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
Filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazomena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera


Referência:
REALE, G; ANTISERE, D. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo: Paulus, 1991.
[1] Texto apresentado à professora Rosâni Kucarz para a disciplina de Prática Profissional IV
[2] Graduanda do 4º período de Licenciatura em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná

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